Introdução
Ainda te lembras do que te apaixonou pela primeira vez por uma rede social? Não teria algo a ver com o encontrar pessoas que não vias há tanto tempo, a partilha de gostos e todo aquele espírito de comunidade?
As redes sociais têm sido muito importantes em muitos fatores, mas têm também falhado profundamente noutros. A prática de tornar mais relevante aquilo que tem mais comentários ou gostos é, provavelmente, um dos erros mais crassos, por ignorar o princípio de que as pessoas, normalmente, são mais impulsionadas a comentar naquilo que as indigna do que naquilo que realmente gostam, e as somas de likes acabam por dizer muito pouco sobre a qualidade do conteúdo para cada pessoa individualmente.
Somos daquela era de Internet em que o conceito, por si só, significava partilha. A era dos fóruns, das pessoas que criavam informação apenas pela paixão e/ou motivação por saber que aquilo era útil para outros, muitas vezes até de forma anónima. Dos tempos do IRC, onde as pessoas conversavam com pessoas, o aspeto físico não era o primeiro ponto de contacto e interesse, era tudo mais focado na atração intelectual, partilha de interesses e curiosidade.
Existe muito de positivo no conceito mais moderno de Internet, no entanto, o que é negativo salta muito à vista. O que antes era apenas navegação, agora são 4 pop-ups antes sequer de se perceber o que é o website ou o que faz a aplicação. São 3 ou 4 ofertas promocionais e todos os agentes presentes a tentar chamar a nossa atenção. São jogos que já não são um jogo, são um casino onde os objetivos são conseguidos só e exclusivamente a pagar. Entendemos que todos têm de ganhar dinheiro, mas também acreditamos que trocar a harmonia dos utilizadores por mais lucro é uma traição para os mesmos. Não é que não se deva ou não se possa ter publicidade ou micro-transações, mas acreditamos que os serviços deviam focar-se mais no equilíbrio entre essa busca incansável por aumentar lucros e a segurança, tranquilidade e bem-estar dos seus utilizadores.
Esta parece até conversa de empreendedor iniciante, que ainda tem aquele brilho no olhar derivado da ilusão do que é o mundo real dos negócios. Mas o Soccial para nós não é, à partida, um negócio, é um projeto de vida, está muito longe de ter como principal objetivo enriquecer e, menos ainda, a fama. Qualquer tipo de lucro do Soccial tem de ser uma consequência daquilo que proporcionamos às pessoas. Isto é uma promessa!